Dedico-o aos jovens porque eles são o futuro, o novo Brasil. Dedico-o aos jovens, porque eles são puros de espírito e de intenções. E os vejo, muitas vezes, explorados em sua pureza. No negro período da Guerrilha Revolucionária que sofremos em nosso País, eles foram usados, manipulados em seus sentimentos. Fizeram-lhes a cabeça e puseram-lhes uma arma na mão. E os jogaram numa violência inútil.
Ofereço este livro aos jovens para que eles possam procurar a verdade. Porque os jovens devem ter
a liberdade de encontrá-la. E vejo que os jovens estão recebendo apenas as chamadas “meias-verdades” que, no seu reverso, são meias-mentiras. Porque me preocupo quando vejo panfletos tomando ares de história contemporânea, e sendo utilizados como a verdade definitiva. Não é sobre a mentira que se alicerça o futuro de um país.
Dedico este livro aos jovens porque confio que, na sua sede de justiça, saberão encontrar a verdade, e na sua fome de liberdade, saberão ser livres, e não permitirão que burlem de novo seus sentimentos, oferecendo a violência no lugar da paz; a mentira no lugar da verdade; a discórdia no lugar da solidariedade para construir o país.
Ofereço este livro aos jovens para que não se deixem enganar por ideologias ultrapassadas, por soluções que não deram certo em outros países e para que não fertilizem as sementes da violência.
Em toda a mentira disfarçada de história contemporânea, ali está uma semente de violência.
É por isso que dedico este livro aos jovens, que repudiam a violência e amam a verdade.
Fonte: USTRA, Carlos Alberto Brilhante. Rompendo o silêncio. 1987. pág. 04.
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