Mayla Picoli: Bispo que passou 20 anos na África se esqueceu que Missa é Sacrifício

Chegou ao meu conhecimento, via WhatsApp, o trecho de uma Homilia supostamente proferida pelo Bispo da Diocese de Cachoeiro, Reverendíssimo Sr. Luiz Fernando Lisboa, que no dia 09/05/2023 celebrou a Santa Missa na Catedral de São Pedro às 12h, conforme áudio abaixo.

Pelo trecho, percebe-se seu descontentamento com as críticas proferidas por alguns fiéis no tocante à “Missa Afro” que foi celebrada no dia 07/05/2023. Ele destacou que teve pessoas que disseram que “tinha Diabo na Missa” ao que ele respondeu: “o Diabo estava ocupado ajudando estas pessoas a escreverem o que escreveram”.

Destacou também que “não há problema algum em vestir uma roupa colorida e dançar na Missa”, como também, “que morou na África e lá as Missas duram 2, 3, 4 horas, pois o povo dança o tempo todo louvando e cantando” e que “Negra Mariama foi um texto criado por um Bispo para saudar Nossa Senhora”.

Com todo o respeito que uma paroquiana deve a seu Pastor, mas o Reverendíssimo falta com a verdade quando diz que não tem problema algum dançar na Missa, pois o Catecismo expressa bem claro em vários parágrafos que a Missa é o Sacrifício do Calvário, e não um baile em que as pessoas podem comemorar saltitantes por alguém que está sendo imolado por elas. Não precisa ter uma inteligência elevada para chegar a tal conclusão. Basta ler, por exemplo, o seguinte parágrafo do Catecismo:

1382. A Missa é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, o memorial sacrificial em que se perpetua o sacrifício da cruz e o banquete sagrado da comunhão do corpo e sangue do Senhor. Mas a celebração do sacrifício eucarístico está toda orientada para a união íntima dos fiéis com Cristo pela comunhão. Comungar é receber o próprio Cristo, que Se ofereceu por nós.

Além disso, nos títulos que Nossa Senhora, de acordo com as suas aparições, assumiu na Igreja, não há nenhuma previsão para “Negra Mariama”, portanto, trata-se de uma criação totalmente particular e que não temos obrigação alguma de aplaudir e achar bonito, ainda mais sabendo que foi uma criação de um Bispo que já chegou a dizer a uma prostituta que “Jesus estava contente” com a atitude dela de visitar presos para fazer sexo com eles em plena Sexta-Feira Santa, conforme relatos de seu amigo, o Monge Marcelo Barros no vídeo abaixo.

Fica a seguinte questão: é esse tipo de “Bispo” que é referência para o Reverendíssimo Sr. Luiz Fernando Lisboa? Um Bispo que chama Nossa Senhora de “Negra Mariama” e apoia uma prostituta praticar a lascívia em plena Sexta-Feira Santa mesmo sabendo que até as amigas dela, que também eram prostitutas, se escandalizaram com tal atrevimento? Que contrassenso!

Portanto, quem quer divisão e se fecha para o diálogo é quem, se arvorando na falácia filosófica do Ad Verecundiam, nega o Catecismo e tenta jogar o povo contra aqueles que, exercendo o seu direito de defesa à Fé Católica, diz com toda a caridade que a chamada “Missa Afro” é profana em sua essência assim como a “Missa Sertaneja”, “Missa Italiana” ou qualquer outra “Missa” designada com o rótulo de apropriação cultural, pois a Missa é o Sacrifício ÚNICO e SALVADOR de Nosso Senhor Jesus Cristo e quem estava dançando e aplaudindo seu sangue sendo cruelmente derramado na Cruz eram seus algozes, não seus legítimos Ministros!