Mas o que chamou a atenção foi o poder do marketing através da promoção, pois o público-alvo foram, justamente, os mais pobres. Aquela classe trabalhadora cuja única alegria é poder comprar muito pagando pouco.
Quem, em sã consciência, pensa que os ricos, aqueles cheirosos de gravata, se prestariam ao papel de participar de um tumulto envolvendo a disputa para encher a sacola de batatas e ser motivo de risada de milhares de pessoas nas redes sociais?
Os pobres têm coragem até de pagar mico, quando o assunto é garantir o seu sustento. Os ricos preferem pagar os empregados para irem lá comprar mais barato também. No final, quem ganha é o Supermercado, que, convenhamos, fez um marketing muito eficiente, pois há pessoas que ainda não foram lá comprar, mas estão compartilhando os vídeos e promovendo o nome da empresa gratuitamente.
Que isso sirva de lição para aqueles empresários que parecem ter nojinho de pobre sujar de poeira ou de barro o piso de mármore de seus estabelecimentos. Nessa crise, o que chama atenção da maioria, sem dúvida alguma, são as promoções. E na “guerra” promovida pelo Capitalismo, quem tem coragem de lutar são, justamente, os mais pobres.
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