Na celebração da Festa da Cátedra de São Pedro em Roma (19/01/22), o Arcebispo Carlo Maria Viganò, durante sua homilia, realizou pesadas críticas ao Papa Francisco, o qual ele chama sempre pelo sobrenome “Bergoglio”, em clara demonstração de rejeição à legitimidade de seu Papado.
Contextualizando as definições de Dogma, citou o Concílio de Niceia como aquele que condenou a heresia Ariana de negação da Divindade de Cristo, enfatizando a Verdade até mesmo na Antiga Liturgia, assim como o Concílio de Trento, que reforçou na Liturgia o significado da transubstanciação real da Eucaristia, a qual foi negada pela heresia protestante.
Criticou o neomodernismo presente na Igreja há sessenta anos e apontou o Concílio Vaticano II como o precursor das infiltrações, que não negam diretamente os dogmas de Fé, mas tentam enfraquecê-los omitindo-os ou distorcendo suas definições a fim de serem aceitos por aqueles que os negam e, com isso, agradar os inimigos da Igreja.
Apontou as omissões no Missal de Paulo VI, descaracterizando a verdadeira Fé Católica e assim, sendo aceito até mesmo pelos luteranos. Afirma que o Papado atual é um castigo aos pecados cometidos pela hierarquia nestas últimas décadas, enquanto se presencia uma divisão entre aqueles que se iludiram pensando que ainda tinha um Papa segregado em um mosteiro. Destacou o cisma das Dioceses do Norte da Europa com sua perversa viagem sinodal desejada por Bergoglio e fez memória às seguintes palavras que o Papa Leão XIII desejava inserir na oração de Exorcismo contra Satanás e os anjos apóstatas:
“Inimigos terríveis encheram de amargura a Igreja, noiva do Cordeiro imaculado, envenenaram-na com absinto; eles colocaram suas mãos perversas em todas as coisas desejáveis. Lá onde a Sé do Bem-Aventurado Pedro e a Cátedra da Verdade foram estabelecidas para iluminar as nações, ali eles colocaram o trono de sua abominação e impiedade, para que, golpeando o Pastor, pudessem também dispersar o rebanho”.
Prosseguindo em sua homilia, fez afirmações pesadas contra o atual Papa e aqueles que, em suas palavras, se omitem:
“Entre os títulos do pontífice romano, repete-se, juntamente com Christi Vicarius, também o de Servus servorum Dei. Se a primeira foi desdenhosamente rejeitada por Bergoglio, sua escolha de manter a segunda soa como uma provocação, como demonstram suas palavras e suas obras. Chegará o dia em que os prelados da Igreja serão solicitados a esclarecer quais intrigas e conspirações podem ter levado ao Trono aquele que age como servo dos servos de Satanás, e por que eles ajudaram com medo seus excessos ou se tornaram cúmplices desse orgulhoso tirano herético. Que tremam aqueles que sabem e ainda se calam por falso senso de prudência: com seu silêncio eles não protegem a honra da Santa Igreja, nem preservam os simples do escândalo. Pelo contrário, mergulham a Noiva do Cordeiro na ignomínia e na humilhação, e afastam os fiéis da Arca da Salvação no próprio momento do Dilúvio”.
Por fim, Dom Viganò dirigiu preces a Deus para que o Senhor se digne enviar um Papa santo e Governantes santos e que, com isso, o tempo de provação tenha um ponto final.
Fonte:
Abp. Viganò: We must ‘celebrate’ the papacy despite the ‘heretical tyrant’ on the throne of St. Peter: https://www.lifesitenews.com/opinion/abp-vigano-we-must-celebrate-the-papacy-despite-the-heretical-tyrant-on-the-throne-of-st-peter/