Análise do debate entre os candidatos a Governador do ES

O debate transmitido pela TV Gazeta com os candidatos a Governador do Estado do Espírito Santo trouxe ao conhecimento de todos os que o assistiram até o fim até onde vai a omissão diante de tantos questionamentos que ficaram sem resposta.

Casagrande teve bastante jogo de cintura para lidar com a metralhadora giratória de questionamentos que lhe foram desferidos, além de algumas críticas bem pesadas, mas acabou revelando, através do nervosismo e de uma certa ironia em seus posicionamentos, uma ausência de firmeza em questões triviais, como a corrupção, por exemplo.

Quando questionado pelo candidato Manato sobre o porquê de seu Secretário da Fazenda ter sido preso por corrupção, claramente, Casagrande patinou e saiu pela tangente.

Através dos constantes pedidos de resposta, alguns negados e outros concedidos, ele demonstrou não ter a capacidade de aceitar com resignação que errou e que merece ouvir as críticas que emanaram dos seus opositores.

Os que os quatro candidatos opositores revelaram foi, nada mais, nada menos, que o clamor das ruas, principalmente da iniciativa privada e do pequeno comerciante que viu a sua liberdade empreendedora ameaçada por multas e um passaporte vacinal que, na prática, não conseguiu impedir que as pessoas se contaminassem e transmitissem o vírus. O SUS ficou debilitado no atendimento às outras comorbidades emergentes, como as cirurgias cardiovasculares, por exemplo.

Embora Casagrande tenha desferido a ofensa de “negacionista” a quem discordou do lockdown, ficou patente que tal política de contenção do vírus não funcionou e só gerou mais déficit para os setores econômico e da saúde do nosso Estado.

Dos quatro candidatos opositores ao Govenador Casagrande, deve-se destacar o evidente preparo técnico, emocional e intelectual do Guerino Zanon. Embora não seja o meu candidato, é preciso reconhecer que ele foi pontual em tudo o que apresentou. Até mesmo nas críticas mais pesadas que ele fez ao atual Governador, o que revelou uma certa indignação pessoal proveniente da falta de compromisso do Estado com o município de Linhares, mesmo assim, não perdeu a razão e manteve o equilíbrio necessário para prosseguir o debate.

Diante do exposto, desejo a você, caro eleitor que ainda não decidiu seu voto, que pense na possibilidade da mudança, mesmo que isso nos custe um segundo turno!

Mayla Maifredo Picoli
Jornalista Independente: 4322/ES

Fonte citada sobre a corrupção:

Ex-secretário da Fazenda é preso por suspeita de participar de fraude milionária no ES: https://www.agazeta.com.br/es/economia/ex-secretario-da-fazenda-e-preso-por-suspeita-de-participar-de-fraude-milionaria-no-es-0722?fbclid=IwAR0CHDA7evsIbAEGp6XvSiePolf8Belml4OgJbJgc6AmpULAv50aKFy4HJs

A Excelência da Música Sacra Católica

A Música Sacra desempenha um papel importantíssimo na dignidade do Culto prestado a Deus, assim como contribui para a edificação das almas dos fiéis.

Santo Agostinho dizia que “[…] as nossas almas se elevam na chama da piedade com um ardor e uma devoção maior por efeito daquelas santas palavras quando elas são acompanhadas pelo canto, e todos os diversos sentimentos do nosso espírito acham no canto uma sua modulação própria, que os desperta por força de não sei que relação oculta e íntima”. (S. Agostinho, Confess., 1. X, c. 33, PL 32, 799ss.)

Santo Agostinho também disse que “a música, isto é, a doutrina e a arte de bem modular, como anúncio de grandes coisas foi concedida pela divina liberalidade aos mortais dotados de alma racional". ( Epist.161, De origine animae hominis, l, 2; PL 33, 725)

Papa Pio XII, em sua Encíclica “Musicae Sacrae Disciplina” no parágrafo 4º, disse que o canto coral adquiriu na Europa cristã um novo esplendor com o acompanhamento do instrumento chamado “órgão”.

Me alegra saber que, de uma forma ou outra, pessoas estão se sentindo edificadas quando eu vou tocar o órgão. Mesmo eu não sendo uma profissional no instrumento, pois eu só consigo tocar quando a música tem partitura, com o pouco que aprendi, tento contribuir ao máximo.

Um fato em específico me chamou a atenção ontem: uma senhora muito simpática chegou perto de mim e dos cantores, nos parabenizou e disse algo muito significativo. Ela citou que em várias Missas que foi, os instrumentos estavam muito barulhentos e ela quase não conseguia ouvir as vozes, mas que ontem a música ficou mais baixa (no caso, o instrumento) e ela conseguiu interpretar tudo o que foi cantado porque as vozes ficaram em evidência.

Essa é a função do órgão: deixar que as vozes estejam em evidência para cantar as maravilhas e os louvores que somente Cristo, centro da nossa Liturgia, merece. Quando cantamos os Santos, como a Virgem Maria e tantos outros, a referência continua sendo Cristo, pois somente Ele dispensa as Graças necessárias para santificar seu povo.

Fonte:

Carta Encíclica Musicae Sacrae Disciplina: https://www.vatican.va/content/pius-xii/pt/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_25121955_musicae-sacrae.html#fn18

A "Direita" limpinha e a hipocrisia

Certa vez vi um vídeo em que o Allan do Terça Livre fez uma análise extremamente interessante sobre a sua atuação política. Ele dizia que tentava falar para os "brucutus do boteco" assim como para os mais cultos, pois que rústico vai parar para ouvir discurso pomposo e cheio de palavras rebuscadas? Que pessoa sensível vai aguentar ouvir um palavrão feio? Haja paciência!

A Direita precisa aprender a dialogar com todos os públicos. Não é para entrar dentro de um prostíbulo ou ir em uma boca de fumo, mas ter coragem de sujar os pés de barro, de sentar em um banco empoeirado de uma praça ou em um bar cheio de ogros e dialogar com todas estas pessoas, pois se quisermos uma alta cultura no Brasil com todo mundo politizado, do gari ao médico, teremos que parar para ouvi-los!

Não se trata de abdicar de princípios, mas aprender a dar nomes aos bois de acordo com a capacidade de compreensão de cada tipo de público. É difícil? Claro que sim! Mas não é difamando ou tentando diminuir quem faz esse tipo de trabalho que conquistaremos espaços!

Não sou de Direita porque sou antiliberal nem sou de Esquerda porque sou anticomunista, porque assim Papa Leão XIII me ensinou com a promulgação das encíclicas que deram origem à Doutrina Social da Igreja. 

Sou, simplesmente, uma Católica pela Graça de Deus e uma pecadora que precisa rever suas atitudes diariamente a fim de corrigir o que é necessário e manter aquilo que está correto. 

No mais, os rótulos que me atribuírem falsamente só darão mais motivos para eu continuar lutando para me manter nos meus princípios e espero, com paciência e persistência, atrair para o meu convívio social apenas as pessoas que seguem na mesma linha!

Uma jovem volta aos braços do Pai

Ontem, dia de Nossa Senhora das Dores, recebi uma mensagem no WhatsApp de uma jovem aluna que teve a Graça de arranjar um trabalho de jornada por escala, mas que lhe deu a oportunidade de, nos momentos de intervalo, adorar ao Cristo Sacramentado e contemplar com maravilhas ao vitral da Igreja que, nas palavras dela, a fizeram viajar e até perder a noção do tempo que passa.

Certamente, essa jovem entendeu que, para Cristo, que é o mesmo de ontem, hoje e sempre, não existe tempo nem espaço. Ele está presente em todo o tempo e em todos os lugares que são dignos de Tua presença. Para Ele, não existe passado quando um pecador se decide pela conversão. Para Deus, o hoje é sempre uma constante que deve levar os homens a refletirem e tomarem uma decisão, pois o dia de amanhã é sempre uma incógnita. Pode acontecer, como pode não mais existir.

Recordando um trecho do Evangelho desse último domingo (11/09), “[…] haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão”. (São Lucas 15, 7)

Que alegria receber no WhatsApp o testemunho feliz de uma ovelha que decidiu voltar para o seu Bom Pastor! Não é porque estamos na modernidade que Cristo está isento de usar dos meios de comunicação atuais para conectar as almas ao destino último, que é o Céu para os que realmente lutaram por ele!

A Igreja Católica, um dia, vai se modernizar e abandonar a Moral?

É impossível mudar uma Lei inscrita na própria natureza humana. Os maus Padres, os maus Bispos, os maus Cardeais e, quiçá, um mal Papa, podem até abusar de sua própria autoridade para perverter a ordem estabelecida por Deus, mas a única coisa que vão conseguir é apenas atrair a Santa Ira Divina por se valerem de seus Ministérios Sagrados para fazer as almas dos incautos sucumbirem pela obediência cega. Parabéns Padre Paulo Ricardo, por ser um Sacerdote que honra o seu Ministério!

Recomendo o vídeo abaixo. Uma reflexão profunda sobre a gênese da Moral Católica!