domingo, 15 de agosto de 2021

Entre um copo de cerveja e outro percebemos o quão cego e falso é o puritanismo

Desde nova sempre ouvi que bar não era um local digno a ser frequentado. Um estereótipo que me contaminou durante um tempo, até que, na faculdade em 2010, foi justamente em um boteco que conheci pessoas maravilhosas. Mulheres de roça, que gostavam de um gole, mas tinham um coração puro. Cheias de sonhos, objetivos. Algumas concluíram os estudos, outras tomaram um outro rumo, mas guardo na minha memória a vaga lembrança do prazer de tê-las conhecido, mesmo que por algumas horas entre um copo de cerveja e outro.

Naquela época eu não era uma pessoa assídua na Igreja, mas já manifestava o desejo de me encaixar no caminho religioso. Entre trancos e barrancos, progressos e decepções, encontrei-me na Música Sacra. Quem diria! Uma cachaceira daria certo em alguma pastoral e, justamente, naquela que cuida da trilha sonora do Calvário!

Em algumas mesas que me sentei pude falar de Deus e dos meus planos futuros. Não concluí tudo o que eu queria na vida, mas tem algo que o dinheiro não compra, que é a confiança dessas pessoas que, em um breve momento, agraciaram-me com a responsabilidade de ouvi-las e de ter tentado, mesmo de forma imperfeita, contribuir com o progresso de suas almas. 

Entre um copo de cerveja e outro percebi que o puritanismo limita e mata as almas aos poucos, mas a bebida bem moderada traz leveza e alegria no ato de transmitir a Palavra de Deus!




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