quarta-feira, 14 de julho de 2021

A misericórdia de Deus não tem limites. Nós que a limitamos com as nossas misérias!

Inicio esta reflexão com algo que nunca havia me ocorrido. No último domingo, servi como organista em duas comunidades: pela manhã em uma chamada Santa Mônica e à noite em outra chamada Santa Teresinha. No dia seguinte, me encontrei preocupada e em dúvidas se em determinadas situações da vida eu tenha pecado e não tenha me confessado para receber a Eucaristia. 

Eis que hoje eu planejava trabalhar o dia todo e acabei resolvendo as questões do trabalho em meio expediente. Saindo de lá, fui a um restaurante almoçar e depois avisei a um amigo que daria para conversarmos pessoalmente às 14h. Era 12:40h e eu resolvi ir a uma Igreja próxima à casa dele para rezar um pouco. Chegando lá, encontrei-a de portas fechadas, mas resolvi rezar mesmo assim, dentro do meu carro. Me lembrei da situação crítica do Presidente da República e coloquei-o nas intenções. 

Às 14h encontrei com o meu amigo em uma padaria. Terminada a conversa, às 15h parti para outra cidade para servir na música em uma Comunidade Eclesial de Base. Coloquei a saúde do Presidente Bolsonaro como intenção na Santa Missa e, até aquele momento, estava na dúvida se deveria ou não comungar. Eis que eu decidi receber a Eucaristia, e, para minha surpresa, recebi duas. Alertei ao Ministro, mas ele fez sinal para eu comungar.

Depois da Santa Missa, parei na casa da amiga que estava servindo na música junto comigo e fiquei com aquela situação na minha mente, pensando em buscar uma explicação em algum site de formação Católica quando eu chegasse em casa, e eis que, para minha surpresa, me deparei com uma situação semelhante, porém, vivida por alguém muito maior que eu, tanto em título, quanto em condições de vida, pois eu creio que ela está na Glória Eterna, já eu, pobre de mim se ela não me incluir em suas orações no Céu!

A história que encontrei foi a de Santa Teresinha que, na dúvida se seria digna ou não de receber Jesus Sacramentado, o recebeu em duas hóstias, conforme ela própria relata: 

“Um dia, contrariamente a meu hábito, estava um pouco perturbada ao ir comungar, tinha impressão de que Deus não estava contente comigo e pensava: Ah! se hoje eu receber só metade de uma hóstia, vou ficar muito aflita, vou crer que Jesus vem forçado ao meu coração! Aproximo-me …oh felicidade! Pela primeira vez na minha vida, vejo o padre pegar duas hóstias, bem separadas, dá-las a mim!…Compreendeis minha alegria e as doces lágrimas que derramarei vendo tão grande misericórdia”! (Canção Nova. Duas hóstias. Acesso em: 15 jul. 2021)

A partir daí percebi que, mesmo estando em dúvidas se as minhas misérias prevaleceram em algum momento, a misericórdia de Deus foi mais forte e, certamente, Santa Teresinha teve participação nisso, pois foi a padroeira da última Comunidade que eu havia servido na música e lá obtive um feedback positivo sobre a forma como venho tocando o órgão. Eu só não imaginava que passaria por uma situação semelhante à dela. Deus sabe de todas as coisas! Obrigada Senhor por não se esquecer de sua miserável serva e de ter me dado provas de que sua misericórdia é muito maior do que eu imaginava!



Fonte: 

https://blog.cancaonova.com/natal/2014/04/23/duas-hostias/ 

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